De 2011 para cá, os empréstimos de até R$ 15 mil chegaram a mais de 603 mil microempresários e autônomos do país. Metas para 2013 são mais ousadas
29/01/2013
1,7 milhão de microempreendedores brasileiros na mira do microcrédito
 

Dinheiro para reforçar o estoque, comprar equipamentos e/ou financiar capacitação. São empréstimos desse tipo que mais de 603 mil brasileiros, entre microempresários e empreendedores individuais (formais e informais), acessaram de 2011 até agora, em um montante de R$ 576,4 milhões. Foi em agosto daquele ano que o governo federal lançou o programa Crescer, que alterou o microcrédito disponível no mercado bancário até então.
 
“Além de juros mais baixos [que passaram de até 60% ao ano para 8% ao ano], o Crescer mudou a forma de conceder esse empréstimo. Até então, o microcrédito estava basicamente disponível nos caixas automáticos, mas acabavam sendo usados para problemas pessoais, como o pagamento de uma dívida, que para aumentar a geração de renda do cliente”, observa o gerente de Mercado de Desenvolvimento Sustentável do Banco do Brasil no Paraná, Marcio Alexandre Rockenbach.
 
As metas para 2013 do BB e da Caixa Econômica Federal – são os bancos públicos que têm levado o programa para frente, apesar de os privados também poderem usá-lo – são ousadas. O primeiro pretende fechar o ano com uma carteira de 1 milhão de clientes no microcrédito, 30 vezes mais do que os 32.374 que usaram o serviço até hoje. Já a Caixa vislumbra 730 mil (hoje são 153.670). Isso significa, ao menos, dobrar os montantes que BB (cerca R$ 72 milhões) e Caixa (R$ 504,8 milhões) emprestaram até agora.
 
As metas pensadas em número de pessoas e não em volume de dinheiro faz parte do objetivo do programa, que é o desenvolvimento dos pequenos negócios e do reforço da geração de renda das famílias. “Neste conceito, é preferível cinco clientes emprestando R$ 300 [valor mínimo do microcrédito do Crescer] que um emprestando R$ 15 mil [valor máximo]”, frisa Rockenbach.
 
A forma de concessão desses empréstimos também mudou. Eles não estão disponíveis no caixa automático, mas dependem de uma visita de um agente de crédito – funcionário do banco ou, como no caso da Caixa, um jovem aprendiz de 18 e 22 anos de idade –, que vai avaliar o potencial tomador, sua capacidade de pagamento e suas necessidades. “A atuação é bem próxima da comunidade, por isso essa opção de trabalhar também com jovens aprendizes, que acabam buscando nos lugares onde vivem seus primeiros clientes. Isso é importante para conhecer as necessidades do tomador de perto”, diz a gerente de programas sociais da Caixa em Curitiba, Lígia Maki Ivama.
 
O dono de lanchonete Adriano Antônio Zanata encontrou no microcrédito um dinheiro mais barato. Ele já fez duas operações, em um total de R$ 7 mil, para capital de giro e fazer reforma do estabelecimento. “Devo terminar de pagar até o fim deste ano. Ano que vem, quero mais”. Segundo ele, são essas pequenas intervenções, como uma cobertura, piso e cadeiras novas, que têm ajudado a garantir um crescimento ascendente nas vendas da lanchonete. “Em dez anos nunca tive queda de um ano para outro.”
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