"De 2012 pra cá, já solicitei o financiamento cinco vezes. O último foi há três meses, comenta Kilma, que pediu um crédito de R$ 5 mil e se tornou microempreendedora.
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Segundo Conceição, procura pelo microcrédito é para complementar renda. Foto: Sebrae/ Divulgação
“Além disso, o espírito empreendedor das mulheres é outro fator que pesa bastante, principalmente no Nordeste”, avalia o gerente. Ele ressalta que empreender, hoje, não significa investir alto ou ter um negócio sofisticado. “Basta apenas ter vontade e acreditar naquilo que está fazendo”.
Para a analista de orientação empresarial do Sebrae-PE, Conceição Moraes, a busca da complementação da renda é, de fato, o fator que impulsiona a procura pelo microcrédito por parte das mulheres. “Por natureza, elas possuem uma vida flexível e conseguem dar conta de várias atividades, como cuidar da casa e trabalhar, simultaneamente”, reforça. “Além disso, há aqueles casos em que a mulher está, de fato, se tornando empreendedora. Nessas situações, o microcrédito é uma linha de financiamento para estruturar o negócio, comprar equipamentos”, explica. “Com o desenvolvimento do empreendimento, o natural é que elas passem a procurar outras formas de crédito”, acrescenta.
A presença majoritária do público feminino nas solicitações de microcrédito não é exclusividade do BNB. Segundo matéria publicada pela Agência Brasil, as mulheres que solicitam o financiamento por meio do Banco do Brasil e do Santander também são maioria. Elas correspondem a 57% e 69%, respectivamente.
08/03/2014
Aumenta número de mulheres empreendedoras
A técnica de enfermagem Kilma Lima, 31, solicitou em 2012 um microcrédito de R$ 1 mil para abrir uma pequena loja e tornou-se microempreendedora. A decisão veio após o nascimento do filho e a necessidade de estar mais perto da criança. Depois de dois anos, ela comemora os bons resultados, e diz que o acesso ao microcrédito foi fundamental para o sucesso do negócio. “De 2012 pra cá, já solicitei o financiamento cinco vezes. O último foi há três meses”, comenta Kilma, que pediu um crédito de R$ 5 mil.
Assim como ela, outras mulheres estão conquistando a independência financeira e se tornando empreendedoras. E isso se reflete na procura pelo microcrédito, que nos últimos anos tem sido majoritariamente feminina. De acordo com o Banco do Nordeste (BNB), atualmente há 117 mil clientes em Pernambuco que solicitaram o crédito por meio do Crediamigo. Desses, 62% (pouco mais de 72,5 mil) são mulheres. Segundo o gerente de microfinança urbana do BNB, Leonardo Soares, a busca pela complementação da renda e o desejo de empreender são os principais fatores que justificam esse cenário.
“Na busca por uma renda maior, as mulheres passam a investir em atividades formais ou até informais, como a revenda de produtos de beleza ou de roupas”, exemplifica Soares. “Para isso, elas precisam de um capital de giro, ainda que pequeno, e procuram o microcrédito”, diz ele, informando que o valor médio dos empréstimos fica entre R$ 1 mil e R$ 2 mil. Soares conta que a maioria das mulheres que buscam o BNB possuem esse perfil e têm, em média, entre 28 e 50 anos.
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