De promoção imperdivel a descontos arrasadores, o final do mês fica cada vez mais trágico ao bolso e à mente. Às vezes, é difícil entender o que nos faz perder o controle na hora de consumir.
Você já teve aquela sensação de que sabe exatamente o que fazer para o orçamento ficar equilibrado, mas alguma coisa acontece no meio do caminho e você enfia o pé na jaca? Provavelmente, isso acontece porque você desconsidera o fator emocional na hora de falar de dinheiro.
Todas as nossas decisões financeiras têm alguma emoção envolvida e isso não quer dizer que sejam decisões ruins. Na verdade, a sabedoria está em conseguir interpretar o seu estado de espírito e saber se é o momento adequado de gastar ou se expor ao consumo.
Não tem problema algum comprar um móvel que você se apaixonou ou adquirir um celular novo depois da raiva que você sentiu com o seu modelo antigo, travando a cada cinco minutos. O problema é quando o fator emocional fala mais alto e você gasta sem entender o motivo.
Quem diz que o dinheiro é puramente racional não entende de finanças pessoais. Lidar com a grana tem tudo a ver com comportamento, e o comportamento é influenciado diretamente pelos nossos sentimentos.
Você já se sentiu animado na hora de ir ao shopping e comprou mais do que estava prevendo? Ou se viu passeando por lojas virtuais só porque estava entediado e acabou enchendo o carrinho online?
Situações como essas podem ser evitadas com o simples hábito de olhar para dentro de você mesmo.
5 emoções que interferem nas finanças:
Medo
O medo pode afetar sua vida financeira ao inibir sua motivação para por energia em novos projetos. Quantos vídeos no YouTube você assistiu sobre como investir pode ser simples e seguro mas, mesmo assim, ficou com receio de experimentar?
Quantas vezes você viu pessoas ou até você mesmo em um trabalho desgastante e mal remunerado, mas ficou com medo de pedir um aumento?
Tristeza
Quando estamos tristes, costumamos buscar circunstâncias para nos colocar para cima. Pode ser uma viagem, uma roupa nova ou um jantar bacana com os amigos. O problema acontece quando extrapolamos o limite e gastamos valores elevados nesses momentos, parcelando e comprometendo o orçamento no futuro. É quando a alegria da compulsão momentânea se torna tristeza.
Culpa
A culpa é responsável pelos momentos em que você diz “sim” quando na verdade quer dizer “não”.
Sabe quando seu filho pede um brinquedo e, mesmo sem dinheiro, você acaba dando o presente, porque se lembra que tem trabalhado muito e dado pouca atenção pra ele? Ou quando um amigo te chama para viajar depois de ter terminado um relacionamento e você decide ir para agradá-lo?
Euforia
Não são só emoções negativas que influenciam no consumo. Quando você está pra cima, tem uma tendência maior a extravasar. É aquela situação clássica em que você conquistou um objetivo, ganhou uma promoção no trabalho ou acabou de se mudar para um imóvel melhor.
Estresse
Sem dúvida, o estresse é um dos fatores que mais influencia as nossas vidas atualmente. Ele acontece não só quando você está sobrecarregado no trabalho, mas, simplesmente quando está com fome.
Já ouviu falar que não devemos ir às compras com fome? É exatamente por isso! Nós perdemos a capacidade de avaliar o consumo com mais detalhes e acabamos ficando menos criteriosos. Quantas vezes você comprou uma roupa e quando chegou em casa percebeu que ela não era tão bonita assim? E ao perceber, já gastou sem motivo algum.
Domando as emoções
Ignorar o que você está sentindo não vai ajudar você a ter uma vida financeira mais equilibrada. É necessário reconhecer e entrar em contato com esse fator emocional para entender quais os cuidados você precisa tomar e não fazer nenhuma besteira.
A principal estratégia é antecipar o que você precisa avaliar na hora de decidir o que fazer com o dinheiro. Se você já tem um planejamento financeiro, delimitou objetivos de curto, médio e longo prazo, fica mais fácil contornar os deslizes.
Agora, se você não sabe antecipadamente o que fazer com o dinheiro que recebe todo mês, é mais provável que gaste sem um propósito definido.
Outra forma de melhorar o equilíbrio entre finanças e emoções é se cercar de pessoas que tenham bons hábitos de consumo. Isso vai motivá-lo a não só correr atrás do prejuízo, mas também a refinar o seu foco nas suas finanças.
Estar perto de quem toma boas decisões com o dinheiro vai fazer com que você aprenda gradativamente como desenvolver inteligência emocional na hora de cuidar da grana.
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